Alunos do curso de Psicologia visitam Apae de Paranaíba

Postado por: leonardo.chaves

Nos dias 17 e 24 de setembro a turma do terceiro ano do curso de Psicologia do Campus de Paranaíba (CPAR) visitou a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do município.

A atividade, organizada pela professora Jassonia Lima Vasconcelos Paccini, faz parte do plano de ensino da disciplina Diversidade e Psicologia 2, ministrada pela docente, que aborda temas relacionados à atuação do psicólogo com pessoas com deficiência.

A Apae nasceu em 1954 e caracteriza-se como uma organização social com o objetivo de promover atenção integral à pessoa com deficiência intelectual e múltipla. A unidade de Paranaíba atende aproximadamente 140 pessoas residentes do município e do entorno, e conta com um espaço amplo e completo.

As equipes que trabalham nesses locais possuem diversos profissionais que trabalham em conjunto em prol do desenvolvimento de pessoas com alguma deficiência intelectual e múltipla, entre esses especialistas está o psicólogo. A Apae hoje é um dos locais onde o profissional recém-formado em Psicologia tem a possibilidade de atuar e pôr em prática o conhecimento que adquirem durante a graduação.

Jassonia conta que a disciplina não exige atividades práticas, porém para a docente essa visita é importante para a formação dos discentes. “A proposta de atividade prática na disciplina de Psicologia e Diversidade Humana II visa oferecer a oportunidade para que o aluno do curso de Psicologia, através de observações dessas instituições especializadas, aprimore a qualidade da sua formação e desenvolva a capacidade crítica para avaliar os desafios do cotidiano institucional”, diz a professora.

A professora realiza essa atividade há alguns anos e diversas turmas de Psicologia passaram por essa experiência enriquecedora. Na Apae, os alunos são recebidos pela psicóloga Elenilda Barbosa. A profissional explicou seu trabalho na associação, os projetos que realiza e a realidade do dia a dia da profissão, além de guiar os alunos pelo local, para que conheçam a estrutura do lugar.

A psicóloga conta que quando cursou Psicologia na UFMS, essas visitas não eram feitas e ao terminar o curso, a primeira oportunidade que teve foi na APAE. A nova realidade foi um choque para a recém-formada, pois não conhecia sobre a atuação nessa instituição e teve muita dificuldade para se adequar a esse trabalho. A profissional diz ainda, que se tivesse tido a mesma oportunidade que os alunos têm agora, teria sido menos difícil o início de sua carreira na Apae.

A acadêmica Ana Beatriz Aguiar diz que a experiência foi muito enriquecedora para sua formação. “Eu acho importante porque a gente vê na prática a realidade concreta de quais são os desafios, os limites e as dificuldades que a gente vai encontrar nesse trabalho, e lá a gente pode ver que o ideal dessa ‘psicologia clínica tradicional’ não é o tipo de trabalho que vamos realizar nessas instituições”.

 

Brunna de Oliveira Freitas (estagiária Agecom no CPAR)