Crianças com Transtorno do Espectro Autista serão atendidas pelo Curso de Psicologia de Paranaíba

Postado por: BRUNNA DE OLIVEIRA FREITAS

O campus de Paranaíba teve cinco projetos aprovados no Edital Paext/2020. Dentre eles está o de Intervenção Dirigida ao Transtorno do Espectro Autista (InterTEA), no qual acadêmicos do curso de Psicologia atendem indivíduos com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), encaminhados pela Secretaria Municipal de Educação e pela APAE de Paranaíba.

O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento que tem como característica a presença de interesse restrito, movimentos repetitivos e déficits sociais. A professora do curso de Psicologia Ana Luiza Bossolani Martins desenvolve estudos sobre o TEA há algum tempo e, hoje, coordena o projeto. De acordo com Ana Luiza, o TEA é considerado um problema de saúde pública, pois a sua prevalência está em torno de 1% no país.

Por meio da parceria com a Secretaria de Educação Municipal, crianças entre 3 a 12 anos com diagnóstico de TEA, serão atendidas pela equipe do campus. Também foi feita, em 2020, parceira com a APAE que também irá encaminhar pessoas para atendimento. Os estudantes de Psicologia vão aplicar intervenções para o ganho funcional e de autonomia, acolher e orientar as famílias e orientar os profissionais de educação que trabalham com essas crianças.

Ana Luiza conta que o projeto começou como área de estágio obrigatório em educação, depois passou a ser desenvolvido como grupo de ensino e, há dois anos é desenvolvido como projeto de extensão. “Nesse período, muitos alunos passaram pelo projeto em diversas modalidades. O estudante, inicialmente, passa por uma formação teórica de cinco meses e tem ganhos em experiência ao falar com profissionais da educação, saúde, a planejar intervenções especializadas, ao realizar escuta terapêutica dos pais e da família e na elaboração de relatórios com supervisões semanais das coordenadoras do projeto”, ressalta a professora.

O projeto é dividido em duas etapas, formação teórico-prática dos alunos e intervenção prática em indivíduos com TEA em diferentes ambientes de sua rotina diária. Os acadêmicos têm encontros semanais, além de cumprirem com horários de estudo teórico, encontros para discussão de casos e preparos de intervenção e também os acompanhamentos terapêuticos práticos uma vez na semana, totalizando oito horas semanais de dedicação ao projeto.

A coordenadora explica, ainda, que as terapias na rede pública para indivíduos com TEA são escassas em Paranaíba e, por isso, o projeto contribuirá para o melhor desenvolvimento de autistas no município. “Foi identificada uma demanda de pelo menos cinco famílias com filhos com suspeita de TEA mensalmente. Essas famílias e crianças precisam ser olhadas com a devida atenção. É um compromisso social e um importante papel a ser desempenhado pela nossa universidade”, explica.

Vagas para bolsistas

Neste ano, o projeto está disponibilizando três vagas para acadêmicos que desejam se candidatar como bolsistas. Para concorrer à bolsa, os estudantes devem ter feito a formação teórica de seis meses que já foi oferecida no primeiro ano do projeto. “Para novos alunos interessados em participar do projeto abriremos outro curso teórico no segundo semestre”, diz a professora. Os alunos interessados em atuar como bolsistas podem se inscrever até 25 de junho. Para mais informações clique aqui.

Brunna Oliveira – estagiária da Agecom no Cpar