A matemática com fim pedagógico, profissional e cidadão

Postado por: BRUNNA DE OLIVEIRA FREITAS

No Campus de Paranaíba, o segundo dia da Semana de Desenvolvimento Profissional foi encerrado com a apresentação da palestra “A Modelagem Matemática dos fenômenos da Vida: o caso da Covid-19”, apresentada por João Frederico da Costa Azevedo Meyer. Os ouvintes puderam conhecer um pouco mais sobre a atuação da Matemática em situações como a que vivemos atualmente e também um pouco mais sobre a área conhecida como Biomatemática.

João Frederico é Professor Associado no Departamento de Matemática Aplicada no IMECC da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Possui graduação em Bacharelado em Matemática pela Unicamp, Mestrado em Matemática e Doutorado em Matemática também pela Unicamp. Atualmente, é associado da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional, da Sociedade Brasileira de Educação Matemática, da Sociedade Latino-Americana de Biomatemática. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Biomatemática e Análise Numérica, atuando em temas como: modelagem matemática, ecologia matemática, impacto ambiental e educação matemática.

A Biomatemática é uma área que estuda os fenômenos da natureza e que aborda temas relacionados às mudanças climáticas, dinâmicas populacionais, impactos ambientais, epidemiologia e economia sustentável, explica o professor. “Para ver o mundo se recorre à matemática”, diz o docente, e isso é o que se tem feito em relação à Covid-19, como é o caso dos estudos de João Frederico, apresentados durante a palestra.

“Eu não sou a favor de uma Matemática que não presta para nada. A matemática pura tem que produzir ferramentas para que a gente possa usar, mas a gente nunca sabe quando de fato vai usar”, diz João Frederico. E nesse momento a matemática tem sido fundamental para compreender os acontecimentos em relação a pandemia que o mundo enfrenta.

Paulo Felipe Toro, egresso do curso de Matemática do CPar e atualmente mestrando em Biometria pela UNESP, relata sobre a importância dessas palestras para formação dos estudantes. “São em eventos como este, que os alunos tem a oportunidade de conhecer, ou pelo menos ter um primeiro contato, com uma área que possa servir de inspiração para futuros projetos”, diz ele.

“A palestra foi excepcional, com uma linguagem acessível mesmo ao público de outras áreas e tratou de um dos temas mais relevantes atualmente. Joni, como sempre, um excelente profissional”, relata Paulo. Ao todo, a palestra teve mais de 90 participantes que permaneceram atentos às contribuições de João Frederico até o último instante.

João Frederico encerrou enfatizando que a Matemática deve ser usada para fim pedagógico, profissional e cidadão. As necessidades históricas, sociais, ambientais e de urgências não podem ser ignoradas por essa ciência.

 

Texto: Brunna Oliveira (Estagiária da Agecom no Cpar )